30.12.05

O Grande Encontro




Eis que estava eu disposta a dormir, relaxar e ficar quietinha na minha casinha, curtindo uma SENHORA dor de dente. De repente, não mais que de repente aparecem Janete e Clarice, arrastam a Guadalupe de casa, e vamos todas em comitiva para casa de Clarice. Sim, aquela que ontem disse:
- Sim, estou chorando com a alma....

E Guadalupe já viu a noiva morta, em prantos. Janete, pra explicar, resolveu simular o próprio esfaqueamento, digno de novela das oito, escorregando pela parede, em lágrimas.

Clarice, resolveu por bem, juntar-se a Lexo, e ir ao Baile dos Lençóis, na noite de Reveillon. Pessoas, esse mesmo , o Lexo. Lexotan.
Janete provavelmente vai acompanhar a Clarice, em outros lençóis.
Guadalupe, vai enfrentar uma estrada, depois uma casa cheia, depois a mãe dizendo que não podia dormir depois do almoço porque queria conversar. Uma criança correndo e gritando o dia todo, sem contar irmão, cunhada e todos os insetos pertinentes. Salve. Guadalupe de férias, de um dia. Ninguém merece.

Na casa de Clarice, Janete diz algo sobre uma noite maravilhosa e....

MEU DEUS!!! Para os vizinhos não estranharem o grito, veio um ALELEUIA em seguida, pra disfarçar a oração profana. Gargalhadas sonoras sairam de Guadalupe.

Lá pelas tantas, depois de risos múltiplos, um filme denso, Janete descalça na Rua Augusta, Clarice reclamando e tentando equilibrar Janete em cima do salto, eu eu " pobrezita", ouvindo a epopéia e rindo.

Me deparo com uma cena, que se não fosse hilária, pra não dizer digna da comédia mais pastelão dos canais televisivos, que foi a seguinte:

Uma cadeira no meio da sala, "bobs" fervendo na panela da cozinha, e cremes e pentes espalhados pela sala.

Não leitores, agora não vou dar nome as "Super Woman's" aqui presentes. Sob o risco de ser degolada e jogada abaixo do 14° Andar.

Um bob.. dois e assim vamos despercebidas da cena. Eis que a portadora do Bobs se levanta, adentra ao recinto displicente e sai portando um chicote em punho. Pois é. Uma mulher de Bobs, e chicote na mão, deitando uma submissa aterrorizada com a cena. Cena esta registrada em fotografia, que sinceramente, ficou impublicável.

Uma de nós ria tanto, que mal conseguia bater a fotografia.

Sinceramente leitores... uma maneira ideal de terminar um dos últimos dia do ano.
Nada a declarar.... Muito a rir, tudo a agradecer, e principalmente o fim da dor de dente, recheada de gargalhadas.

Post por Guadalupe Penélope Charmosa.

Desejos para 2006

Curtir minha filha. Desejo sempre. Bons amigos. Um grande amor. Ser amada pelo meu grande amor. Sentir frio na barriga. Tomar banho de chuva. Beijar e adormecer abraçadinha. Depois de adormecer, dormir sozinha e de atravessado na cama. Café. Chocolate meio amargo . Parar de fumar. Cerveja. Sorrisos. Dinheiro pra ser suficiente pra mim. Não depender de ninguém. Ter meu valor profissional reconhecido. Banho de banheira. Cheiro de sabonete. Muitas gargalhadas. Continuar feliz da vida. Sumir com a Guadalupe. Responder pra quem merece. Falar mais nãos. Perder um pouco do juízo. Tomar mais sol. Ver mais a Lua. Viajar mais. Tirar mais fotos. Perder a barriga, ir ao dentista. Relaxar mais. Não aceitar migalhas. Champanhe. Receber mais flores. Uma declaração de Amor. Ter menos vergonha. Me dar mais valor. Experimentar coisas novas. Ir a Paris. Tomar um porre. Ganhar uma jóia. Muitas sandálias. Muita transparência. Ter coragem de encerrar ciclos, sem achar que não tentei tudo. Arriscar mais. Me reapaixonar pelo meu melhor amor. Rever amigos. Sentir o coração bater forte. Conhecer gente que não tenha medo de gostar de alguém. Ouvir muita música. Trocar de carro. Comprar uma casa.

FELIZ 2006 PRA VOCÊ TAMBÉM!

29.12.05

Tempo

O relógio me incomoda, me brocha. O tempo já é cruel. Passa, e passa rápido. Ou demora demais quando gostaríamos que um segundo se passasse e uma notícia, um e mail chegasse logo.
Engraçado isso. Muitas vezes não gostamos de nada que seja padrão, mas separamos algumas horas para algumas coisas. E lá está ele, a caca do tempo, nos colocando freio. Amarras.
Enfim. Feliz Ano Novo pra vocês também. Posted by Picasa

Para uma querida a miga

Como estava escrito no msn da vô: A vida não é medida pela quantidade de vezes que você respirou. Mas pelo número de vezes que você perdeu o fôlego. Posted by Picasa

28.12.05

Depilação


E eis que Juju vai ao Instituto de Depilação e dorme na maca.... Tsc.. Tsc... Ignorante..

27.12.05

Eu por mim mesma

Posted by Picasa Pelas lentes e olhos de meu Senhor

Na porta


Espero è espreita abertura da porta.
Caso não tenha coragem de virar a maçaneta
Tudo fica fácil pra mim.
Já estou do lado de fora,
Não dentro. Não entro
Sem erro.
Dessa teia
Dessa veia
Dessa vida
Tão perto.
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Ar



È necessário respirar. Meu foco está em respirar.
Duas pequenas aberturas na máscara, nas narinas e nada mais difícil que concentrar-se na simples tarefa de respirar.
Máscara preta, inteira, completamente fechada. Sem abertura nos olhos, na boca, nos ouvidos Apenas dois pequenos furinhos nas narinas.
Expira. Inspira. Expira, Inspira.
A sensação é de absoluto constrangimento ilegal. Como se lhe tirassem tudo, e lhe dessem apenas a capacidade de Inspirar e Expirar.
Sem visão, sem audição. Apenas o tato, que fica intensificado pela ausência dos outros sentidos.
Ausente de alguma forma também está minha alma, nesse momento.
A única coisa que sinto é um tesão imenso e medo. Um medo bom.
Mas em outros momentos anteriores, estaria ali entregue de alma. E apesar de dócil, doce, estou aqui a espreita, e não entregue completamente. Seguro meus bichos e seguro a minha onda
Misto de sensações, algo mudou e não sei dizer o que é. Estamos diferentes. Você mais solto, eu bem mais retraída e instrospectiva.
Não consigo relaxar, fico tensa a maioria do tempo, e me concentrando em Inspirar e Expirar.
Como se a máscara estivesse em mim, ainda.
Estar submetida a você é uma sensação sublime e ainda única. Mas frustrante é a sensação previsível que sinto sem saber explicar, apenas um ligeiro vazio que chega me invadido.
Sinto frustração e raiva. Sinto-me inquieta. Nua.
Dentro das escolhas das sensações é excelente perceber, que as coisas estão além de nosso desejo e controle. Mas é ruim perceber as areias de mim, escorrendo pelos vãos dos teus dedos, como se não fosse mais possível estar completamente em tuas mãos.
Estão sobre o seu controle.
Expiro e Inspiro, e penso se é melhor pra mim: Asfixiar meus desejos ou Inspirar sensações.
Preciso de Ar.

24.12.05

Pedidos para o Papai Noel
"Me ajude a nunca desistir de ser mulher. Coloque um espelho no meio do meu caminho entre a lavanderia, o supermercado, o sapateiro, o colégio e a locadora. E que, ao me olhar, eu goste do que vejo. Não deixe que eu passe uma semana sem usar um batom bem vermelho, uma bota bem alta ou um jeans bem justo. Proteja meus cachos do vento. Se eu estiver com vontade de chorar, faça com que eu chore um dilúvio. E que a maquiagem não borre.
Para cada dia de TPM, me dê uma vitrine com sapatos lindos. Já que eu nunca pedi milagres, faça que minhas celulites sejam ao menos discretinhas.
Me dê saúde, tempo livre, silêncio.
E que nunca falte absorvente na minha bolsa.
Nos engarrafamentos, faça com que eu ligue o rádio e esteja tocando minha música preferida. Dê também, firmeza para os seios...
Proteja minhas poucas horas de sono e não me julgue mal caso eu não acorde no meio da noite para cobrir meus filhos.
Não deixe que a minha testa fique tão franzida a ponto de parecer uma saia plissada. E eu, uma louca estressada.Faça com que o sol seja meu personal trainer, meu complexo de vitaminas, meu carregador de bateria, mas quando eu pedir um diazinha de chuva, não pergunte por quê.
Para cada batata quente no trabalho, me dê um café recém-passado. Entenda que, quando eu rezo para cancelarem uma reunião não é gastar reza à toa, pode ter certeza. Ajude a não faltar gasolina e não furar o pneu e, por favor, afaste os motoqueiros do meu retrovisor.
Nunca deixe faltar na minha vida comédias românticas.
Em dias difíceis, me dê persistência para seguir em frente. No meio de tudo isso, faça com que eu ache tempo para virar namorada de novo, ir no cinema, jantar fora, beijar na boca, dormir abraçadinha.
Que a posse seja plena e a entrega sempre intensa.
Que o prazer dele me faça sempre sorrir, e dele tire o meu prazer.
Que a dor seja pequena, e o prazer sempre maior.
Papai Noel... por pior que seja o meu dia, faça com que ele termine, e não eu.

Cartão de natal que recebi da vo... beijo!

23.12.05

FELIZ NATAL PRA VOCÊS


Feliz Natal

Feliz Natal a quem não planta corvos nas janelas da alma, nem embebe o coração de cicuta e ousa sair pelas ruas a transpirar bom humor..
Feliz Natal a quem cultiva ninhos de pássaros no beiral da utopia e coleciona no espírito as aquarelas do arco-íris.
E a todos que trafegam pelas vias interiores e não temem as curvas abissais da oração. Feliz Natal aos que reverenciam o silêncio como matéria-prima do amor e arrancam das cordas da dor melódicas esperanças.
Também aos que se recostam em leitos de hortênsias e bordam, com os delicados fios dos sentimentos, alfombras de ternura.
Feliz Natal aos que trazem às costas aljavas repletas de relâmpagos, aspiram o perfume da rosa-dos-ventos e levam no peito a saudade do futuro.
Também aos que semeiam indignações, mergulham todas as manhãs nas fontes da verdade e, no labirinto da vida, identificam a porta que os sentimentos não vêem e a razão não alcança. Feliz Natal a todos os que dançam embalados pelos próprios sonhos e nunca dizem sim às artimanhas do desejo. Aos que ignoram o alfabeto da vingança e jamais pisam na armadilha do desamor, pois sabem que o ódio destrói primeiro quem odeia.
Feliz Natal a quem acorda, todas as manhãs, a criança adormecidas em si e, moleque, sai pelas esquinas quebrando convenções que só obrigam a quem carece de convicção. E aos artífices da alegria que, no calor da dúvida, dão linha à manivela da fé.
Feliz Natal a quem recolhe cacos de mágoas pelas ruas a fim de atirá-los no lixo do olvido e guardam, recatados os seus olhos no recanto da sobriedade. A quem se resguarda em câmaras secretas para reaprender a gostar de si e, diante do espelho, se descobre belo na face do próximo.
Feliz Natal a todos aos que pulam corda com a linha do horizonte e riem à sobeja dos que apregoam o fim da História. E AOS QUE SUPRIMEM A LETRA ERRE DO VERBO ARMAR E SE RECUSAM A SEREM REFÉNS DO PESSIMISMO.
Feliz Natal aos que fazem do estrume adubo de seu canteiro de lírios. Também aos poetas sem poemas, aos músicos sem melodias, aos pintores sem cores e aos escritores sem palavras. E a todos que jamais encontram a pessoa a quem declara todo o amor que a fecunda em gravidez inefável.
Feliz Natal aos ébrios de transcendência e aos filhos da misericórdia que dormem acobertados pela compaixão. E a todos os que contemplam ociosos, o entardecer, observando como Menino entra na boca da noite montado em seu monociclo solar.
Feliz Natal a quem não se deixa seduzir pelo perfume das alturas e nem escala os picos em que os abutres chocam ovos. E a todos os que destelham os tetos da ambição e edificam suas casas em torno da cozinha.
Feliz Natal a quem, no leito de núpcias, promove uma despudorada liturgia eucarística, transubstanciando o corpo em copo inundado do vinho embriagador da perca de si no outro. E quem corrige o equívoco do poeta e sabe que o amor não é eterno enquanto dura, mas dura enquanto é terno.
Feliz Natal aos que repartem Deus em fatias de pão e convocam os famélicos à mesa feita com tábuas da justiça e coberta com toalha bordada de cumplicidades.Feliz Natal aos que secam lágrimas no consolo da fé e plantam no chão da vida as sementes do porvir. E aos que criam hipocampos em aquários de mistérios e conhecem a geometria da quadratura do círculo. Feliz Natal a quem embebeda de chocolate na esbórnia pascal da lucidez crítica e não receia pronunciar palavras onde a mentira costura bocas e enjaula consciências. E a todos os que, com o rosto lavado das maquiagens de Narciso, dobram os joelhos à dignidade dos carvoeiros.
Feliz Natal a todos os que sabem voar sem exibir as asas e abrem caminhos com os próprios passos, inebriados pelos ecos de profundas nostalgias. E aos que decifram enigmas sem revelar inconfidências e, nus, abraçam epifanias sob cachoeiras de magnólias.
Feliz Natal aos que saboreiam alvíssaras nos bosques onde vicejam anjos barrocos e nadam suas gorduras deixando os cabelos brancos flutuarem sobre a sociedade de anos bem vividos. E a todos os que dão ouvidos à sinfonia cósmica e, nos salões da Via Láctea, bailam com os astros ao ritmo de siderais incertezas.
Feliz Natal também aos infelizes, aos tíbios e aos pusilânimes, aos que deixam a vida escorrer pelo ralo da mesquinhez e, no calor de seus apegos, vêem seus dias evaporar como orvalho aquecido pelo alvorecer do verão. Queira Deus que renasçam com o Menino que se aconchega em corações desenhados na forma de presépios.

Frei Betto - escritor, é autor de A Noite em que Jesus Nasceu (Vozes), entre outros livros. *Artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 13/12/01 .

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20.12.05

Mera coincidência


Não vou comentar absolutamente nada.
Alguém consegue imaginar com quem se parece?????

Darkside e Brightside


"Eu fiquei um pouco com a impressão de que para ser um Dom eu teria que me transformar naquele estereotipo sombrio, dark, com uma nuvenzinha negra sobre a cabeça, para um dia me transformar em um Mestre.."
Essa frase foi dita por um grande novo amigo querido, e que de outras maneiras foram ditas por outras pessoas que conheço, e foi um pensamento que já me passou pela cabeça também.
Eu já fiquei imaginando um Dominador tipo da Família Adams... a nuvem, o castelo, o céu sempre sombrio, aquela coisa triste, fúnebre, escura, a porta rangendo... o medo.
Eu, por várias vezes, me vi com o seguinte pensamento: Para ser uma submissa, eu teria que abrir mão de princípios éticos, morais, aceitar tudo o que me fosse dado e achar bom ainda, caso contrário, cairia em absoluto descrédito. Algumas pessoas até tentaram me convencer disso, que ser uma "peça", um "território", signifricava perder a essência interior e começar a pensar por outra cabeça.
Existe os que pensam assim. Os que vivem assim.
Os anos passaram, fui vivenciando coisas, aprendendo dia a dia, e definitivamente não me enquadro nesse esteriótipo darkside.Não vou deixar de ter a minhas opniões, de escolher o que eu desejo pra mim, aceitar qualquer coisa que me enfiem goela abaixo, mesmo que permitindo uma certa manipulação através do D/s. Não.
Sou uma ser loira pensante, racional, que ama conjecturar sobre as diferenças de pensamentos, que adora ser convencida objetivamente a mudar de opinião.Não vou aceitar jamais, qualquer dominador(a) passar a mão no meu corpo, pelo simples fato de eu ser submissa. Não vou aceitar transar com qualquer Dominador(a) por eu não ter "escolha", e ser apenas um objeto. Não vou aceitar falta de respeito nas minhas escolhas e ideais, por não poder ter opinião própria.
Entendi, que se isso é BDSM, eu não sou BDSM.
BDSM pra mim é cheio de cor, de luz, de vida, de opções, de escolhas, de permitir-se, de encontrar-se. De dar e receber. É um mundo colorido e cheio de vida, com pessoas bacanas e dispostas a darem muita risada junto, inclusive quando o chicote lhe escapar das mãos.BDSM precisa ter mico, ter cumplicidade, ter envolvimento, afinidade, erotismo, gargalhada, vinho, água na terrina, carinho, beijo na boca, aflição, cuidado, medo e coragem.
Precisa-se ter respeito ao interior das pessoas, aos sentimentos das pessoas, precisa-se ter controle dos seus atos e dos próprios pensamentos, para não se tornar manipulável e esquizofrênico, a ponto de nutrir várias personalidades interiores. É preciso ter peito de encarar as dificuldades de frente, ser questionado, questionar, descobrir, garimpar, evoluir, crescer, cair, levantar-se, divertir-se acima de tudo.
Meu castelo tem flores, tem luz, tem gente, cavalos, pasto, jardins. Tem um caminho de duas mãos. Tem alegria, diversão, carinho, ervas daninhas também. E uma masmorra linda.
É isso.
Bom dia pra vocês também!

Crianças - A maior lição de vida..

Eis que a criatura aqui estava ontem, falando ao telefone, e eis que a filhota entra correndo aos prantos, chorando sentida, do nada... Abraço a pequena e tento acalmá-la, nada adiantava... Peço desculpas a minha amiga, desligo o telefone, pego a fofa no colo e me deito com ela. Pergunto o que houve e ela me conta que foi o DVD que estava assistindo, de histórias de Natal da Disney. Perguntei qual era a história e ela contou:

" Mãe, era a história de um burrinho velho, que não servia pra mais nada, segundo o pai do Pedrinho. Ele mandou vender o burrico e que se não o vendesse ele iria matar o burrinho, porque ele já não trabalhava mais e só dava despesas. Lá foi o Pedrinho... Procurou, procurou e nada.... O Pedrinho só queria achar alguém que tratasse do burrico bem, que não maltratasse ele. Desconsolado, sem conseguir ninguém pra comprar o burrinho velho e " imprestável", que não servia pra mais nada, ele estava voltando pra casa, quando José, o marido da Maria, pediu pro menino vender o burrinho por uma moedinha assim ó bem pequenininha ( ela mostrou com as mãos o tamanho da moedinha) e Pedrinho disse que não tinha problema, que José só tratasse do burrico muito bem. José pegou Maria, colocou no lombo do burrinho e lá se foram eles seguindo a estrela. O resto você já sabe né, mãe." E voltou a chorar muito...

Fiquei acarinhando aquela cabecinha, olhando aqueles olhinhos azuis e vidrados e fui explicando, que as coisas tem valores diferentes pras pessoas. Que o velho vale muito, que bonito era o Pedrinho querendo somente que tratassem bem de um ser que era muito especial pra ele.

Ela lépida, já mais calma, levanta de pronto e corre pro quarto seguindo as ordens da mamãe, pra colocar o pijama e deitar-se.

Começo a ouví-la falar sozinha. Brincando com ela perguntei: Tá maluquinha filha, tá falando sozinha??? Ela num tom solene respondeu: - Um instante mãe, eu já vou. Fiquei intrigada.
Pé ante pé, fui até o quarto dela e a vi, ajoelhada no chão, na frente dos anjinhos e de Maria, conversando circunspecta com eles. Não ouvi o que ela dizia com clareza, porque a essa altura, ela estava falando bem baixinho.

Fiquei ali, em pé, a olhar a cena e com os olhos cheios de lágrimas, porque a cena foi tocante. As lágrimas caiam dos meus olhos emocionados. Ela não percebeu que eu a observava.

Ela beija os anjos, beija Maria e agradece pelo burrinho que carregou Jesus dentro da barriga dela. E fez do mundo um lugar diferente. De luz.

Vira-se de pronto, eu me escondo, tentando disfarçar as lágrimas e ela me vê: Mãe, vc tá triste? Eu respondi: Não, meu amor, só muito emocionada. Nos abraçamos bem forte.

E eu fiquei pensando se em algum momento eu expulsei algo ou alguém da minha vida, por não me servir mais. Me deu um calafrio.

Veio a noite, os sonhos e um dia lindo.

Bom dia pra vocês também! E Feliz Natal!

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O RASO pra mim é...


Achei tão lindo, tão lindo que considerem saídas as palavras dessa mãozinha...

Raso pra mim é a inconstância.
É não pertencer a alguém para ser de todos um pouco.
É definir quanto será esse pouco ou muito.
É controlar a situação do corpo, do coração.
As pessoas recebem só o que se querem dar.
Assim não se corre riscos, não se será roubado, não se sofrerá.
É não permitir que ninguém avance no limite permitido e se o fizer pode-se recuar, mas nunca "cair".
Tendo em mente que uma ferida pequena fecha mais rápido.
Assim se protege sem se secar , alimentado pela ração artificial de sucessivos envolvimento de algum modo amorosos.
Efêmeros, rasos. Às vezes simultâneos, múltiplos.
A comida industrial, mecânica, manterá a fome na dosagem exata.
Não se comer mais um pão, mas desfrutar da variada oferta de pequenas migalhas.
Aos montes. Viver no "raso" pra mim é se proteger e não se queimar .
Não expor a pele às temperaturas superiores da paixão. Não arder.
Não espalhar fagulhas, não incendiar.
Mantendo assim a chama quieta e domesticada.
Com o tempo o "raso" fará incapazes de acreditar numa declaração de amor.
As migalhas. Menores e pulverizadas.
Não aplacam mas aliviam.
Não quero aliviar-me, a vida deve ter outro sentido que não esse.
Por isso tenho feito um repensar constante nos valores que tinha e tenho, e ainda mesmo que menos sonhadora e muito mais racional, as migalhas não me satisfazem.
E o "raso" não combina com alguém que adora mergulhos.
Mesmo que esses ja não sejam de cabeça em aguas desconhecidas.

Por volúpia

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19.12.05

Meu vício: A Luxúria


Pela astrologia, meu vício é a luxúria, minha cor verde ou azul, meu equilíbrio é o amor.


Libra é o sétimo signo, onde se inicia a segunda metade da roda zodiacal. Como tal representa uma mudança de enfoque do indivíduo, inicialmente voltado somente para si. Libra é o ponto de contato com o outro. Trata-se de relações mais profundas. De Áries a Virgem, temos um processo de crescimento que se inicia no nascimento e desemboca no início da vida profissional. Cada signo comporta um simbolismo que reflete primariamente uma determinada fase da vida. No caso de Libra, o significado dominante inclui o casamento, a divisão de tarefas, a necessidade de conciliação, a fundação da vida familiar. A entrada do Sol neste signo corresponde à sua passagem pelo equinócio, e também com o meio do ano nos antigos calendários europeus. O signo possui assim o sentido de divisão e mediação. O libriano é um conciliador por excelência. Possui serenidade e tolerância para ouvir, ponderar e aconselhar. Gosta de ser justo e imparcial, mas de modo algum frio. Na verdade, os librianos adoram contatos sociais, festas e calor humano. Uma conversa sofisticada e um refinado senso estético marcam sua personalidade.

Ao tomar uma decisão, consideram demoradamente suas alternativas. A ordem é não se afobar. O libriano sabe como poucos o quanto a realidade comporta interpretações conflitantes e como é fácil se deixar levar pelo preconceito e pelo pré-julgamento. A própria noção de antecipar um resultado com base em expectativas pessoais causa-lhes horror. No seu ponto de vista, a maioria das pessoas age sem pensar, meramente por impulso.

O símbolo mitológico é a balança, o instrumento usado para pesar e equipartir. É também o que os deuses de muitas mitologias usam na hora em que decidem se a alma de um mortal foi predominantemente boa ou má, e se merece a vida eterna ou não. O libriano estará a todo instante pondo as coisas na balança, e não dará um passo enquanto ela não pender claramente para um lado.

Tanta preocupação assim traz suas desvantagens. A busca pelo equilíbrio muitas vezes foge-lhes do controle. A vida pode trazer escolhas tão complicadas para a mente do libriano, que ele vai ficar paralisado diante delas. Irá compará-las demasiadamente sem conseguir se decidir, passando a todos a imagem de pouca objetividade. Muitos dirão que eles vivem em cima do muro ou o que é pior, que mudam de pensamento a cada estação, indo de um lado para o outro, feito bola de tênis, à medida que alguém lhes apresenta um novo fato, por eles até então desconhecido.São artísticos e simpáticos, para não dizer leves.

Têm a capacidade de harmonizar o ambiente em que estão com sua mera presença. O libriano não poderia viver sem a companhia de outras pessoas. Todo o sentido mesmo de seu senso de justiça parece voltar-se para a construção e manutenção de uma convivência pacífica com o próximo. São assim ótimos parceiros, no amor, na amizade ou nos negócios. Saberão mais do que ninguém separar as coisas, mantendo a relação num nível próximo o bastante para que haja uma comunhão de idéias, mas não tão próximo a ponto de invadir um a intimidade do outro.



Olha eu aí gente!!!!

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18.12.05

Queijo e Vinho


Vou contar a história de várias pessoas que resolveram ficar juntas, numa sexta feira, ante-véspera de Natal, nessa maluquice que é Sampa. Porgrama de índio de alguns cocares, nada comparado

Eis que a pessoa dona da casa, teve a idéia feliz de convidar todo mundo pra um queijo e vinho na sua casinha. Ela mora na casa da D. Maria, ops, na Vila . E como toda Maria, tem tudo ao seu redor. Principalmente o colo das Marias, o rosto das Marias, a língua das Marias, ou seja: é uma grande amiga, linda e com uma língua capaz de te evoluir ou te destruir. Mas ela não é Maria no nome. Só mora onde é a Vila da Maria. Ela estava bonita na foto. Em casa, tranquila, esperando os incautos que concordaram com essa idéia estapafúrdia.

A outra pessoa da história me liga lépida e faceira, dizendo que não ia ficar nervosa com os percalços da vida e ia se divertir... Pegou a sua melhor roupa de coquete, vestiu-se e me perguntou o melhor caminho. Eu, guia de ruas e rotas oficial da turma, falei: - ô miga, pega a 23... vai melhor. A pessoa demorou duas horas e 10 pra chegar na casa da criatura que lá fazia agrados natalinos. Nem preciso dizer que sobrou pra mim. Mas PRECISO dizer que essa pessoa tem me dado tanto orgulho, tanto orgulho, que só faço a cada dia admirá-la mais.

Esta pessoa que vos escreve, depois de em plena sexta feira fazer serão até as oito da noite, vai pra casa, toma seu banho, coloca a sua roupa cor de rosa, e ouve a filha dizer: Mãe, você tá parecendo a Pantera-Cor- de - Rosa. E tava mesmo. MAs olhei no espelho, e pra incrementar o visual Barbie, peguei a minha bolsa pink de pelúcia e saí. No caminho fui ouvindo " Revelação", e o repeat do cd, tocou um monte de vezes a mesma música. A pessoa estúpida aqui resolveu fazer o caminho que em pleno dilúvio em Sampa, passava ainda na porta de dois Shoppings... Sem comentários.

Assim que cheguei, uma hora depois, me deparo com a seguinte cena: A pessoa 2 lavando a louça na casa da pessoa 1, que já estava com o dedo sangrando de costurar argolas na roupitcha da pessoa 2. Meus olhinhos não acreditavam no que viam... Ria muito e já fui colocando as garrafas na geladeira.

A pessoa quatro, chegou com cara de gato molhado e com ele trouxe a chave da porta de São Pedro, que de novo, resolveu chorar as mazelas da vida e LÁ VEIO CHUVA...

Lá pelas tantas, resolve ligar pra pessoa 3 um grande amigo, e acreditem leitores, navegador de mão cheia, que bastou essa criatura aqui que vos escreve dar o endereço - e ele ligando a parte turbo do carro, transformou em barco - e no meio do dilúvio, chegou pro vinho, são e salvo.

As horas que se seguiram foram de enormes gargalhadas, desabafos, risos, queijo e vinho e me fez ter a certeza que alguns programas de índio valem a pena. Nunca vi tanta gente diferente e tão iguais, rirem das próprias mazelas e da vida, achando graça das coisas e divertindo-se consigo mesmos.

Me fez ter certeza, que bom humor, não é estado de espírito, mas uma forma de vida.

E lá pela madrugada, Sinhozinho liga, e eu - muito a contra gosto - me vejo dizendo: Sinhozinho, num vem que tá um óóóóóóóóóóóóóóó.... o tempo, o caminho e tudo. Descanse, durma que daqui a pouco vamos embora.

Eis que o daqui a pouco demorou mais duas horas, e unidos saimos em comitiva, pra Pinheiros, Paraíso e Moema.

Ô noite deliciosa... Valeu todos os "micos".
Obrigada, companhias.. vocês são adoráveis.
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16.12.05

As três fases da Crise

Todas as transições que passamos em nossas vidas requerem preparação, pois enfrentamos períodos desconhecidos e para algumas pessoas esses períodos podem ser assustadores, verdadeiras provações. Passamos inevitavelmente, por três fases: uma de separação, uma de espera e uma de reorganização de nossas ações, sentimentos e pensamentos. Na primeira fase, vivemos um processo de finalização de um ciclo.

É como se algo dentro de nós começasse a dizer: "mãos à obra, é hora de mudar!" Muitos de nós nesses momentos demoramos a perceber ou aceitar esse chamado; isso acontece quando nossa personalidade insiste em deixar as coisas como estão. Fazemos de tudo para impedir essas mudanças, vacilamos e guardamos essa energia. Mas, com essa atitude, provocamos um aumento de excitação e de sentimentos, e essa energia que já está estagnada e morta, gera um estado de desconforto e incômodo, que muitas vezes se transforma em dor.

Na verdade, são sinais que partes de nossas vidas se tornaram obsoletas, e precisamos, outra vez nos reformatar, e, inevitavelmente, encarar o desconhecido. É preciso lembrar que os padrões que estabelecemos, não são só intelectuais, emocionais ou psíquicos, são também musculares, posturais. Negar essa fase de separação, ignorar a excitação que ela provoca, resulta na incapacidade ou indisponibilidade para fazer as mudanças necessárias que nos levam a uma maior maturidade e satisfação emocional.

Vale lembrar que finalizar padrões ou laços emocionais, não significa necessariamente eliminá-los ou cortá-los. A segunda fase, que chamaremos de "espera" se segue à de separação. É uma fase de pausa, de silêncio. Não somos mais o que éramos, mas também não sabemos o que seremos. É a fase da transição, e a partir dessa fase, poderemos começar a nos transformar. É uma fase de sonhos e sensações, e muitas vezes de medos e fantasias. É como o processo de pausa entre a inspiração e a expiração. Como na gestação: um estado de recepção e concepção.
Neste momento nos sentimos sem forma; um momento onde devemos aprender a fé e a entrega. Podemos desfrutar um lugar do simples existir, um lugar de espera, de formação de algo que não sabemos ao certo o que é. Ou podemos também nos desesperar pelo descontrole da situação. A mensagem nesse momento é: "precisamos aprender a suportar a espera" ou: "precisamos aprender a entregar".

Como faço para conter tanta incerteza, tantos sentimentos, medos e esperanças? Podemos aprender, nessa fase, a nos conscientizar e libertar da condição de vítimas de nossa impulsividade e de respostas padronizadas e testar uma nova maneira de lidar com essa pausa. Faz-se necessário o silêncio interior. Preste atenção e aprenda consigo mesmo. Esta é a fase onde você pode participar ativa e conscientemente de sua própria reestruturação: a real estrutura, formada conscientemente de dentro para fora.

De repente, quando você menos espera, algo começa a fazer sentido, algo começa a se reorganizar. Novas possibilidades, novos sentimentos, novos sonhos. Como na argila, é o momento da remodelação, agora você pode usar a si mesmo de uma outra forma. Você descobre, de dentro para fora, um novo padrão, uma nova direção. A fase de incerteza ficou para trás; passamos para a terceira fase: a "re-forma", que teve início no caos da primeira fase. Uma nova organização em direção à vida.

Algo nos impulsiona ao crescimento, à busca da satisfação. Na fase anterior descobrimos como queremos satisfazer nossas necessidades, como gostamos de estar no mundo, e é nessa terceira fase que estabelecemos um compromisso com essas verdades que são "nossas verdades". Concretizamos em nossas formas de pensar, de sentir e de agir, nossa nova visão. Partes adormecidas emergem de dentro de nós em novos potenciais. Nos sentimos mais fortes e determinados, muito mais em contato com aquilo que somos de fato.

Todos nós passamos por essas fases diversas vezes em nossas vidas. No início há dificuldade e hesitação, até que surge um novo padrão. Portanto, para dominar o sucesso, passamos por um período de aprendizado, de maturação, e com o tempo a nova habilidade é incorporada e passa a fazer parte integrante de nós. Essa última fase requer experimentação, prática e desenvolvimento de novas formas de ser, de novos modos de usarmos a nós mesmos e de conviver. Requer consciência. Existem algumas perguntas interessantes a se fazer nessas fases como:

* Como quero ser daqui para frente e viver minha vida?
* Que necessidades tenho e como devo satisfazê-las?
* Como quero me colocar no mundo?
* Quais são minhas verdades e como faço para me comprometer com elas?
* Como me apropriar deste novo modo de estar vivo?

Como disse no começo, todas as transições requerem períodos de separação, de espera e de reorganização, mas acima de tudo, requer determinação, coragem e confiança, para atingirmos maior liberdade, individualidade e a conseqüente felicidade.

Texto de Eunice Ferrari
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Como perder um grande amor



Perder um grande amor é fácil, pois sentimentos fortes criam alta intolerância. Assim, qualquer coisa que seja dita, qualquer atitude que cause desconfiança, qualquer mudança inesperada, pode abalar a mais apaixonada das relações. Para perder um grande amor é preciso muito pouco. Aquela palavra torta, a revelação inesperada de um segredo íntimo, até mesmo a confessada atração passageira por outra pessoa. E lá se vai o amor, todo inteiro, sem condição de recuperação.
Para perder um grande amor é necessário um grau apenas moderado de insegurança, que é péssima conselheira nos recônditos da paixão. Um pouco desse sentimento já é suficiente para envenenar a alma e afastar a possibilidade de harmonia ou estabilidade, de qualquer coração.
Outro forte aliado da perda de um grande amor é o ciúme. Mas não um ciúme qualquer. Aquele ciúme perfeito, que não dá sossego e tira a serenidade, sendo constante e absoluto, marcando presença em todos os momentos. O espelho, algumas vezes, também ajuda a perder um grande amor. Basta apenas se manter defronte dele, constatar imperfeições e defeitos, que apenas quem se espelha enxerga, e depois atormentar a pessoa amada, querendo que ela garanta que está tudo bem, que ela está encantada.
Melhor do que o espelho, um encontro inesperado com o passado, na figura de um ex, pode remexer toda a relação e transtornar os sentimentos, transformando-os em tormentos, arrasando o grande amor. Em termos da tecnologia, nenhum aparelho é mais eficaz para liquidar um grande amor do que o telefone que, móvel ou celular, atinge efeito destruidor, principalmente quando usado para controlar o ser amado, mesmo numa distância de léguas, sem tréguas e sem limites, na inquieta busca apaixonada de dominar seus passos, decisões e apetites.
Mas, se nada disso fizer efeito, há uma solução infalível: faça tudo o que lhe pede o seu amor. Concorde com tudo, aceite suas idéias e solicitações. Espere por ele horas a fio, sem nada perguntar, sem dar um pio, e ele certamente, logo irá embora bem contente, por se livrar de pessoa tão chata e carente.

Texto de Marina Gold - Terra - 16/12/2005
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Eu mereço!



Eis que a criatura aqui, singelamente, depois de ter se fortalecido como deveria, colocou as coisas no seu devido lugar e DESTRUIU com as certezas de uma certa pessoa.. Mas isso é outra história. EU MEREÇO O TROFÉU!!! Posted by Picasa

14.12.05

Sapo

Eis que a PESSOA aqui precisou ouvir mais uma vez, em tom extremadamente duro, a verdade.
Pois é meu povo. A Loira que vos escreve, com cara de fruta verde que caiu do pé por acaso, precisou levar uma espinafrada pra acordar pra vida. A ficha caiu, mas tô ainda descobrindo as coisas pra saber como proceder dentro aqui, aqui mesmo, lá no fundo.
Na hora a minha vontade foi dizer: Pô, valeu, brigadão, tô aqui de merda até o pescoço, vc vem e ainda põe o pé na minha cabeça pra afundar a cara inteira? Legal você, como você gosta de mim. Mas, com os ensinamentos tântricos de uma certa amiga que toda terça vai pra reza, imediatamente a " Guadalupe", saiu desse corpo, e olhou pro dito cujo e disse: você tem razão. Toda a razão. Não que ter razão seja importante, mas o que eu ouvi, bateu tão fundo lá dentro, que mexeu comigo. Muito.
Abri hoje a janela, daquele quarto interno que temos, tirei os lençóis que cobrem as coisas velhas, peguei a vassoura, o balde, a água, pra começar a faxina nesse quarto, que está arrumado, mas cheio de coisas que não me servem. E que me lembra o que eu um dia tive: a auto-estima no pé. É verdade leitores, eu já tive a minha auto estima no pé. E estava guardada aqui. Dar de cara com essa menina pequenina, mirrada, sem graça, que acha que ela não deve ser feliz porque alguma coisa errada ela sempre fez, sim, aquela mesmo que apanha porque algum motivo tem pra alguém bater. Não tô falando do apanhar gostoso. Mas daquele apanhar que destrói. Aniquila. Mata.
Aquela guriazinha sem graça e cheia de poder destrutivo, que tem síndorme do eu mereço dar tudo errado.
Abri o quarto dela hoje e disse: Olha, não sei como, mas você não vai mais morar aqui neste quarto... Se vira, pega as tuas tralhas, e se manda. Você está me incomodando.
Você me atrapalha, me distrai e não me faz bem. Não te quero mais perto de mim. Se vira, fique perto de seres tiranos como você e cai fora!

Deixei a porta aberta. Fui atender ao telefone. Era ele. Aquele ser do tamanho da minha hóspede infame. Estava no trabalho. Ele já havia ligado 4 vezes desde ontem, ligações que não atendi.

- Alô? Olá, bom dia.
- Não ainda não.
- Não, fulano, não tenho a solução ainda.
- Olha, eu verdadeiramente sinto muito pelo que está acontecendo, e se houvesse tido chance de evitar eu evitaria.
- Ok.. Ok... Só uma coisa. Estou no trabalho e não posso falar sobre este assunto agora. Até porque já esgotamos essas questões. Não faz sentido ficar tão repetitivo. Liga pra ele e fala, se isso fará vc se sentir melhor.( A paz interior foi me invadindo).
- Eu sinto muito, estou fazendo o que posso pra solucionar. Portanto não adianta apertar o parafuso. Chega. O que houve não lhe dá o direito de me achincalhar e humilhar. Muda o disco.
-Estou no trabalho e vou desligar. ( Comecei a ouvir os gritos sem inteligência e os insultos)
Pouso o telefone.

E uma sensação imensa de satisfação me invade. EU FUI CAPAZ, de desligar o telefone, não ouvir, e ser educada.

EU POSSO!!

Peguei a guria e as tralhas dela e coloquei porta da rua afora. Estou ainda olhando aquela parte de mim que está começando a caminhar pra longe e pra fora. Aquela menina sem graça, medrosa, negativa, mas muito poderosa. Chego a dar um aceno com as mãos, desejando boa sorte a ela.
Entro no quarto e começo a colocar mãos a obra. Essa faxina vai demorar, mas um dia acaba. Ah, acaba. Posted by Picasa

12.12.05

Donos e Escravos



Divagando um pouco sobre as questões de Dominação e submissão, eu penso que muitas vezes acabamos sendo Donos de nós mesmos, nos impondo uma submissão que muitas vezes não é sadia, não é consensual e nada sã. Entramos num ciclo vicioso de controle interno, que nos impomos por inúmeros motivos e não nos permitimos "extrapolar". Não no sentido negativo, mas no positivo. A gente se controla tanto, que bloqueia internamente todas as emoções que temos medo de viver, de experimentar. E acabamos nos escondendo nas rotinas de todo o dia e levando esse controle pra todas as esferas da nossa vida, fazendo essas rotinas até onde elas não devem existir. Começamos a não nos perceber e a não darmos espaço pras trasngressões. Quantas vezes não sentimos vontade de relaxar e vem a razão e nos bloqueia?
Esse é o pior tipo de dominação. A que nos tolhe, a que nos escraviza.
Quantas vezes, quando estamos fazendo algo que nos dá prazer, que imediatamente - naquele instante tênue - a gente não se entrega e se bloqueia? E deixa de experimentar uma coisa nova, e fica naquele limiar conhecido, porque é menos perigoso internamente? A dominação interna é cruel. A nossa própria escravização é implacável.
Devemos aprender a pensar menos e a viver mais. Usufruir desses momentos onde podemos escolher nos tolher ou transgredir. Isso nos faria mais felizes, mais leves e mais equilibrados.
Sair pra tomar sorvete no meio do expediente.
Andar na chuva.
Faltar um dia no trabalho e ir pra praia.
Dormir, sem achar que estamos perdendo tempo.
Transar sem parar pra pensar no que se deve ou não fazer.
Entregar-se a si mesmo, quando sentir tesão.
Fechar os olhos e sentir o outro.
Comer sempre bem, quando temos fome.
Acordar a hora que o sono acaba.
Trepar quando se tem vontade.
Não ter medo dos sentimentos por alguém.
Viver.
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11.12.05

Meninos


Já pensei em ficar junto de meninas. Seria mais fácil. A única coisa ruim, é que não vivo sem esse "visu" aí.... que coisa.... Pensamentos perdidos de um domingo a noite.
Aimeudeuizisdocéuquecoisamaislinda!!!!




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Mais ou Menos


A gente pode morar numa casa mais ou menos,
numa rua mais ou menos,
numa cidade mais ou menos,
e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir mais ou menos,
comer um feijão mais ou menos,
ter um transporte mais ou menos,
e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.
Tudo bem.
O que a gente não pode mesmo,nunca, de jeito nenhum,
é amar mais ou menos,
é sonhar mais ou menos,
é ser amigo mais ou menos,
é namorar mais ou menos,
é acreditar mais ou menos.
Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.
E viver mais ou menos.
E passar pela vida mais ou menos.
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9.12.05

Meu Lugar


*Seus pés são a força que me sustentam e que me embalam, olhá-lo daqui de baixo é de uma amplitude efêmera, um misto de dor e de lascívia, e estar sob eles é um privilégio, um desejo, um perder dos sentidos onde te admiro, me encontro e me basto.*


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Informações Privilegiadas



A pessoa aqui foi informada a semana passada que as coisas iam mudar no trabalho... Começou a mandar CV e tal. Agora a pessoa foi informada que irá trabalhar no outro trabalho do chefe também... Arre, comprando sapato novo, porque vai ser um gastar de sola que ninguém merece. Mas estou feliz. Porque mil possibilidades estão se abrindo, novos horizontes e novas oportunidades. Eba, que venha 2006!!
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7.12.05

UTICCIDADE PÚBLICA


COMO A TÍCCIA E A RÔ DIZEM, O WWW.MEGERAS.COM, É UM SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA, OU DE UTICCIDADE PÚBLICA, LEITURA DIÁRIA RECOMENDADA, DE MENINAS QUE TEM O DOM DAS PALAVRAS!!
VISITEM.
VALE A PENA.

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Xeque Mate


TODO TIRANO NO FUNDO É UM FRACO

Sabem o que acontece quando um merda consegue alguma parcela mínima de poder? Ele faz merda, evidentemente. Mas vocês sabem porquê ele faz merda?Faz por que ele tem a exata noção do quão ínfimo e pequeno é o seu talento, ainda que inconscientemente. Ele admira a criatividade, o senso crítico, o espírito livre e empreendedor, a liderança natural, a extroversão, o carisma, o bom humor do outro, mas não reconheci em si mesmo a capacidade de desenvolver estas características. E como não é capaz de absorver e expandir as características que admira no outro mas não enxerga em si, ele se ressente. Ele inveja.Contudo, o merda não sabe que é um ressentido, um invejoso. Eventualmente, ele acha que foi injustiçado por Deus, e não por acaso crê ser injustiçado pelos homens em geral. Por que todos paparicam a Fulaninha se eu sou tão mais legal que ela?! Por que, Senhor, as pessoas fazem tudo que o Sicraninho diz se nem chefe o Sicraninho é?!O merda não está no mesmo degrau, está alguns degraus abaixo. Sabe disto. Sente isto. Jamais admite isso. E como ele precisa chegar ao mesmo patamar e não reconhece em si qualidades suficientes para subir, a única alternativa é fazer com que os que estão em cima desçam até ele. Só que aqui surge um probleminha: alguns estão muito acima dele e, por mais que ele se estique, não conseguirá alcançá-los. Resta aqueles que estão acima, mas não muito: o merda precisa de companhia. Ele fará tudo o que estiver ao seu alcance para fazer com que as pessoas mais talentosas, mais inteligentes, mais gabaritadas (mas que não estejam tão longe dele a ponto de não alcançá-las), desçam até o seu nível. Usará de todos os artifícios: humilhação, berro, ridicularização, sátira, egoísmo, opressão, ultraje, vexames morais e até ofensas. Vale jogar qualquer pedra para que o outro não se dê conta da superioridade, para que o outro ache que ele, o merda, é o maior ou, caso não ache, seja obrigado a admitir. Não importa se é forçado: o simples ato de admissão de que ele é o melhor, o mais gostoso, o que tem o pau maior, o mais rico, o mais poderoso, o mais inteligente... basta para o seu ego imaturo se alimentar um pouquinho.Vocês já notaram que este procedimento sempre ocorre com quem não tem condições de responder a altura? O merda sempre exerce seu poder com quem depende financeiramente dele (e fará tudo pra que está dependência nunca termine), com quem não pode afrontá-lo moralmente (filhos é um bom exemplo), com quem não tem artícios articulados de defesa. O merda sempre ataca alguém que não tem a exata noção de seu valor. Alguém que se acha menos, embora não seja.Agora o que eu gosto mesmo é ver a cara de um merda quando ele se depara com um trator. Alguém que o enxerga, exatamente como ele é e deixa isto bem claro. É um prazer inenarrável. Quem sabe que é bom não tem necessidade de mostrar isto aos outros, e a si mesmo. É e pronto.

Megeras Magérrimas - por Rô. www.megeras.com
por Ro, às 14:01 de 07.12.2005 - Categoria: Crônicas Cretinas
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Mandando pro espaço


Tô comprando passagem pro espaço para um monte de gente... Ou talvez compre uma passagem só pra mim e que se f.... o mundo?

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Amizade

O valor de uma amizade não é mensurado em dinheiro, em tempo, ou em qualquer outra coisa menos sutil que a sinceridade e o caráter.
Ter uma amiga que você pode ligar pra contar as últimas novidades.
Ter uma amiga que você pode ligar e dizer: tô cozinhando coelhinhos.
Ter uma amizade pra você encontrar e dizer: me dá colo?
Ter uma amizade pra você chegar e dar um beliscão, um tabefe, ou qualquer coisa que faça a criatura acordar pra algumas coisas..
Ter uma amizade pra você tomar cerveja junto.
Ter uma amizade pra você não falar nada e ficar em silêncio.
Ter uma amizade pra você se arrumar junto e cair na farra
Ter uma amizade que você pode falar tudo, até do jeito verde se ser e e ela entender.
Ter uma amizade pra você contar detalhes sórdidos de uma noite de tórrido sexo
Ter uma amizades assim, é maravilhoso.
Ter um amigo que você faz tudo isso junto??

É de ajoelhar no chão, agradecer pra o Divino e curtir tudo o que puder...

Amo você.


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