8.10.07

Poderosas Afrodites


Que eu admiro a força da mulher, não é segredo para ninguém. Eu sou uma dessas pessoas de salto 15, que não tem um mocinho pra dar as cartas em casa, talvez por isso a minha opção sexual á submissão... é momento que entrego as rédeas pra alguém...

Mas tem um monte de homens que eu conheço que desafiariam um rosário pra desmoralizar a opinião de um especialista em carreiras.

Meninos, e com respeito a todos os dominadores, a questão é: gostem ou não, estendam o tapete vermelho, que estamos passando!!!

Boa leitura a todos!

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08/10/2007

Poderoso sexo frágil

Reinaldo Polito
A conversa é de homem, mas elas vão querer ouvir.

Notícia do IBGE: 29,2% dos lares brasileiros são chefiados pelas mulheres. Um crescimento excepcional se considerarmos que dez anos atrás a proporção era de 21,6%.

Não é de hoje que estou de olho nessa revolução feminina. Devagar, sem muito alarde, como quem não quer nada, elas foram ocupando e dominando espaços que eram redutos aparentemente impenetráveis dos homens.

Lembro-me muito bem de quando recebi os primeiros sinais claros dessa transformação. Faz tempo. Era mais um dia na minha vida como professor.
Uma aula normal como tantas outras ao longo dos últimos 30 anos.
Eu estava iniciando um treinamento particular para uma aluna que viera de um outro Estado com o objetivo de desenvolver sua comunicação.
Sem nenhuma dúvida, foi uma das mais inteligentes e charmosas que passaram pela minha escola.

Por causa de sua sólida formação acadêmica, domínio dos mais diferentes temas contemporâneos e por ter presidido uma das mais importantes organizações comerciais do país, era constantemente convidada a proferir palestras para grupos de mulheres. Ela defendia uma tese inédita.

A partir de seus estudos e observações, chegara à conclusão de que já havia passado o tempo em que a mulher precisava erguer a espada e sair bradando pelos quatro cantos que era competente, que tinha as mesmas condições que o homem e, em muitos casos, que era até mais bem preparada do que ele.

Defendia a idéia de que essa verdade, salvo uma ou outra opinião contrária, já não se contestava. De acordo com sua maneira de pensar, as mulheres precisariam aprender a abrir o coração e entender que, por causa da posição de destaque que elas conquistaram na sociedade moderna, o homem havia se transformado num ser frágil e desamparado.

E, depois de provar que nós, homens, estamos numa pindaíba de fazer dó, conclamava suas parceiras para uma nova revolução -dizia que se elas não agissem com inteligência e sensibilidade para perceber essa condição masculina vulnerável, as relações entre homens e mulheres poderiam ficar seriamente abaladas.

Ora, se você for homem sabe que por estarmos levando bordoada de todos os lados das mulheres, precisávamos, pelo menos uma vez na vida, ouvir mensagem tão compreensiva e acolhedora.

O que mais impressiona é a proposta de uma revolução para nos pegar no colinho, ouvir com o coração nossas angústias de machos feridos e nos recolocar no rumo certo! Fale a verdade, não é música agradável de se ouvir?!

Estamos perdendo de lavada.

Realmente, as mulheres estão com tudo. Do jeito que as coisas andam, nós, homens, estamos irremediavelmente perdidos. Enquanto elas reclamam e exigem cada vez mais direitos, estão se preparando muito melhor do que nós -basta ver o vertiginoso crescimento do número de mulheres que freqüentam as universidades. As estatísticas não mentem, as moças tomaram conta. Veja só estes números:

Vamos começar pelo ensino médio. Enquanto os homens correspondem a 46% das matrículas, as mulheres já chegaram aos 54%. Na faculdade, a diferença entre homens e mulheres que era de 8,7% em 1996, pulou para 12,8% em 2003.

Quer mais? O número de homens docentes nas universidades aumentou 67,9% de 1996 até 2003. Excelente, desde que não se considerem os números conquistados pelas mulheres, pois nesse mesmo período o aumento delas foi de 102,2%.

E a sova não pára por aí, amigo. Enquanto o aumento de homens docentes com mestrado cresceu 106,1%, o número de mulheres com essa titulação aumentou em 119,4%. Ah, Polito, você está revelando os números referentes aos docentes com mestrado porque não quer falar dos docentes com doutorado só para distorcer a estatística?

Pois então segura lá: o número de docentes homens com doutorado cresceu 69,2%. Sabe o que ocorreu com o número correspondente às docentes? Aumentou 104%!

Não dá para comparar. Qualquer dado estatístico que seja observado, enquanto nós homens andamos, elas estão correndo ou voando. Além disso, sempre tiveram algumas qualidades das quais, por melhores que venhamos a ser, estaremos a anos-luz de distância.

Só para citar algumas que nos derrotam por goleada: sensibilidade, intuição, organização, controle à dor e ao sofrimento. E nós aqui em berço esplêndido, achando que o mundo é nosso.

Até aqueles que enaltecem as mulheres com discursos politicamente corretos, falando das qualidades e das conquistas femininas, repudiando as injustiças que são cometidas contra elas, no fundo pensam que na verdade os homens ainda levam vantagem.

E não é só nas atividades profissionais que elas nos passaram a perna ou estão a um passo de cruzar a linha da vitória. Conforme já comentei, segundo dados recentes do IBGE, hoje em cada três famílias brasileiras praticamente uma é chefiada pela mulher.

E todos esses números estão crescendo numa proporção impressionante. E antes que você pense que estou me contradizendo, é bom esclarecer que nesses lares chefiados por mulheres normalmente não há um homem por perto cuidando dos filhos e fazendo comida. Por onde você olha tem salto alto dando as cartas.

As grandes corporações, que se preocupam com lucros e resultados, não se importam se no registro de admissão dos CEOs o quadradinho é preenchido por um M ou por F. Desde que haja expansão e venham os dividendos, tanto faz ser um homem ou uma mulher -e se tanto faz, lá estão elas cada vez mais na ponta da pirâmide.

Nós nos iludimos achando que estamos no comando e que podemos decidir o rumo quando bem entendermos. Parecemos aqueles viciados em cigarro. Sempre dizem que fumam porque gostam e sentem prazer, mas que na hora que desejarem parar não terão nenhum problema. Só descobrem que são incompetentes para essa decisão "tão simples" quando resolvem deixar o cigarro e não conseguem.

Não, parceiro, nada de comodismo, pois a concorrência com elas é cada vez mais pesada e, que ninguém nos ouça, como vimos, por circunstâncias até da própria natureza. Confie em mim, tenho autoridade nessa praia.
Dos meus quatro filhos três são mulheres, moro com minha esposa e minha mãe, tenho uma neta e mantenho bom relacionamento com a ex-mulher e com a primeira sogra. Mais de 80% dos funcionários da minha empresa são mulheres.

Embora nos últimos anos o salário das mulheres tenha subido proporcionalmente muito mais que o dos homens, elas ainda são discriminadas. De maneira geral, para exercer as mesmas funções recebem menos que os homens. Pelo andar da carruagem, entretanto, é só uma questão de tempo. Breve elas chegarão lá.

Vamos pôr as barbichas de molho e ficar de olho nesse movimento todo. Tomara que essa tese da minha aluna seja abraçada por muitas outras mulheres, para que nos acolham de maneira compreensiva. Afinal, nós nos transformamos no sexo frágil.

Se essa campanha não der certo e continuarmos à sombra desse poder feminino que se torna a cada dia mais atuante, vai chegar o dia em que teremos de fazer um grande movimento para queimar cuecas em praça pública.

SUPERDICAS DA SEMANA
  • Procure sempre se aperfeiçoar -a busca da excelência vale para ambos os sexos
  • Aprenda a lidar com as diferenças -esse conhecimento é valioso
  • Saiba somar esforços -homens e mulheres possuem qualidades que se complementam
  • → Livros de minha autoria que tratam desse tema: "Assim é que se fala" e "Como falar corretamente e sem inibições", publicados pela Editora Saraiva







    Reinaldo Polito

    Reinaldo Polito

    é mestre em ciências da comunicação, palestrante e professor de expressão verbal. Escreveu 15 livros que venderam mais de 1 milhão de exemplares

    Site: www.reinaldopolito.com.br
    e-mail: polito@uol.com.br

    7.10.07

    Oi oi e a depilação...

    (a imagem eu recebi de um amigo que sabe que sou fã de pin ups, mas eu não sei de quem é o crédito não....)



    Pessoal, ando meio sem tempo de me dedicar ao meu espaço, mas esse texto que eu recebi da minha marida, não podia deixar de postar.

    O texto não é meu, nem dela e a autoria é desconhecida... Mas é maravilhoso....

    Pra quem curte uma depilaçãozinha básica...

    Boa semana pra vocês tb!

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    "Tenta sim. Vai ficar lindo."

    Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render
    à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.

    Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia
    amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer,
    porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava
    que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria
    pornô-ginecológica-estética.

    - Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

    - Vai depilar o quê?

    - Virilha.

    - Normal ou cavada?
    Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra
    fazer, quis fazer direito. - Cavada mesmo.
    - Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
    - Ok. Marcado.


    Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque
    sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar
    chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei,
    Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que
    nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria
    realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De
    um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia
    gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já
    senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que
    chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

    - Querida, pode deitar.

    Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas
    a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma
    mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma
    panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue
    mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e
    sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a
    cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

    - Quer bem cavada?

    - ..é... é, isso.

    Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da
    Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

    - Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais
    ainda.
    - Ah, sim, claro.
    Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De
    repente, ela volta da mesinha de tortura com uma esp átula melada de um
    líquido viscoso e quente (via pela fumaça). - Pode abrir as pernas.
    - Assim?

    - Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga
    cada perna pra um lado. - Arreganhada, né?
    Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente
    em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de
    puxar.

    Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que
    apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.
    Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com
    os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso
    buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo
    supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa.
    Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais. - Tudo
    ótimo. E você?
    Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter
    aprendido a ser simpática para manter clientes.

    O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar
    Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava
    que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas
    recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas. - Quer que tire
    dos lábios?
    - Não, eu quero só virilha, bigode não.
    - Não, querida, os lábios dela aqui ó.
    Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia.
    Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
    - Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
    Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de
    Penélope e dá uma conferida na Abigail. - Olha, tá ficando linda essa
    depilação.
    - Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

    Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração
    das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um
    pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra
    quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça. - Vou dar uma pinçada
    aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
    - Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
    Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar
    cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia
    que o motivo para isso ainda estava por vir.

    - Vamos ficar de lado agora?
    - Hein?
    - Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
    Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei
    esperando novas ordens. - Segura sua bunda aqui?
    - Hein?
    - Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
    Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de
    cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia,
    aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara
    dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite
    com um pesadelo. O marido perguntaria: - Tudo bem, Pê?
    - Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

    Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego
    falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com
    mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil
    cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria
    justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem
    cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.

    Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou
    qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha
    pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
    Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

    - Vira agora do outro lado.
    Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a
    bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a
    cortina. - Penélope, empresta um chumaço de algodão?
    Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais,
    vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
    Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E
    agora a vizinha inconveniente.

    - Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

    - Máquina de quê?!

    - Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

    - Dói?

    - Dói nada.

    - Tá, passa essa merda...

    - Baixa a calcinha, por favor.

    Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala
    isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma
    total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a
    calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável. -
    Prontinha. Posso passar um talco?

    - Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

    - Tá linda! Pode namorar muito agora.


    Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o
    resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria
    matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar
    contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

    Queria comprar o domínio www.preserveasvaginaspeludas.com.br


    Filha daquilo foi a mulher que inventou a "cavadinha" .