16.5.06

Pãe e Mãe

créditos: http://hps.infolink.com.br/renaze/maefilha.jpg

Ser mãe.

Uma pessoa linda, mãe de primeira viagem, não conseguia escrever sobre a experiência da maternidade. Faz poucos meses que isso aconteceu a ela. Dois meses especificamente.

Acontece que muitos pensam que a maternidade começa no instante que você engravida. Nada disso. Nesse instante começa um pânico, um desespero gostoso, um medo bom. Começa a certeza que você foi escolhida.

Escolhida por Deus, escolhida por uma energia cósmica, escolhida por um conjunto de luzes e de energia que regem o universo. Seja lá o nome que derem pra DEUS. Você sente-se escolhida mesmo e ponto.

Depois o seu corpo muda, tudo fica meio esquisito, o seu centro não é mais seu centro. O centro passa a ser aquela barriga que cresce a olhos vistos e que você carrega com todo o orgulho que pode, e com toda a dor nas costas que traz a mudança do seu eixo.

Você começa a deixar de ser você e passa a ser a “futura mamãe”. Depois você muda completamente de identidade e passa a ser a " mãe da ......". Não sabemos exatamente o que será isso, mas os meses vão passando e você sente aquele ser crescendo, crescendo e chega à determinada conclusão: Menino ou menina será jogador de futebol! Haja fôlego pra chutar tanto, como se estivesse querendo dizer: Abre a porta aí, que eu quero sair.

Chega o dia do nascimento e você serena, mas meio amedrontada, tem certeza que tudo dará certo, a despeito das carinhas de nervosos da família e cheia de luz, entra na sala de parto.

A Maternidade começa, no exato instante em que você sente o cheiro do seu bebê no ar, e que te trazem pra perto do seu colo, que você vê o que via no ultrassom, exatamente com a carinha que você sabia sem explicar que ele teria. O som do choro dele, nos teus braços cessa. Esse é o exato momento que você percebe e que você entende o que é ser mãe.

A cada dia, quando você dorme, quando isso é possível – durante os primeiros anos da vida de seu filho, você dorme achando não ser possível amar aquela criatura mais do que já ama. Quando você acorda, você olha pra seu filho e vê que é capaz de amar ainda mais um pouco.

Já se passaram 7 anos, sete meses e 15 dias, e todos os dias isso se repete. Eu durmo e acordo no dia seguinte amando-a mais um pouco.

Um filho muda muitas coisas em você. Muda paradigmas, muda convicções, muda crenças e muda um ser humano pra melhor. Eu sou uma pessoa melhor hoje, por conta da minha filha. Estava ontem mesmo lembrando de coisas de minha adolescência e ela estava lá. Quando você percebe, que aquele ser lindo, está na sua vida, muito antes de você ter consciência, você entende o que é a maternidade.

Uma pessoa mais velha que eu, me disse uma coisa: depois que um filho abre o olho, você nunca mais fecha o seu. Pura verdade.

Uma coisa só é um fato: não é uma responsabilidade ter um filho. É um privilégio. É a oportunidade que você tem de tentar ajudar a fazer algo melhor para o mundo. Devolver ao mundo um pouco do privilégio que você recebeu dele.

Criar um filho é fácil. Você dá comida e veste e tenta dar educação. Mas SER MÃE, é bem mais que criar um filho.

Ser mãe é ter um monte de coisas a ensinar, a mostrar que papel que um cidadão tem na sociedade. Qual papel? Aquele que você gostaria que todos os seres humanos tivessem. Humildade, paciência, cortesia, educação, saúde, coerência e energia boa.

O que eu desejo para o dia das mães? Que a minha filha seja feliz, do jeito dela e uma boa cidadã. Para as outras mães? A mesma coisa. Para que tenhamos um mundo um pouco melhor.

Feliz dia das mães pra vocês!


Um comentário:

Anônimo disse...

chorei Ju ... ser mãe é isso mesmo ... como é bom ter um ser, uma pessoa ao nosso lado q amamos cada dia mais um pouco e incondicionalmennte .... faça ele o q fizer, será sempre amado, seja de q jeito for ... mesmo se for para castigar, brigar, punir, ... sempre será com imenso amor!!! ... bjs linda por esse blog fantástico ... ByA