13.6.06

Por amar...

A gente ri e chora, a gente vive intensamente e em alguns momentos morre de tristeza, a gente cobra, briga e dá bronca. Também paga, faz as pazes e tolera. A gente tem paciência e ansiedade, tem fé e descrédito, sente frio e calor, alegria e tristeza, a gente acha que o mundo acabou e pensa que a vida começa. A gente perde tempo e dá tempo. A gente sofre e desfruta. A gente se equilibra e descompensa. A gente se emociona e esfria.

Mas amor nenhum é maior que acreditar que é bom demais amar alguém. Sentir frio na barriga, ficar com raiva, sentir ciúme, achar que tudo acabou porque o telefone não tocou e quando toca achar que o sol está brilhando quando está tudo cinza no céu. Amar é se afastar quando se está mal. É ficar longe quando adoraria ficar perto, é ficar perto, quando o certo seria ficar longe. Amar é apagar um pouco da luz interior cada vez que a distância aumenta. É sentir o cheiro de chuva, é sentir o cheiro do perfume, é olhar determinadas coisas e dizer: - Olha, que bacana, vou contar pra ele sobre essa coisa interessante. É ouvir uma música e emocionar-se. É querer dormir perto, acordar de madrugada e ficar olhando o sono e pensar porque amar aquele ser imperfeito e tão perfeito pra você. Amar dói. Mas dói mais brigar pelo amor. Dividir amor dói. Então chega uma hora que você escolhe. Viver imensamente a dor de amor, porque você sabe que passa. O amor fica lá. A dor passa. O que dói no amor é ser mais preparado para o amor do que o seu amor e escolher que aquilo não te serve. O que dói no amor, é a frustração de não ter sido suficientemente bom, pra ser preferido. Dói dividir a atenção, dói receber o que o outro pode dar e sentir que é pouco, porque o amor é tão grande, que tudo relativo ao amor precisa ser gigante. Tudo relativo ao amor exige a grandiosidade. Precisa ser tudo muito, precisa ser tudo sempre. Pro amor e pra dor. Até que chega um momento que você escolhe. Não porque quer, mas porque precisa. Porque você precisa perder o “bolo que se faz na garganta”, que te impede de fazer as coisas simples da vida. Mente quem diz que nunca espera nada de ninguém. Eu espero. Espero viver intensamente com meu amor. Espero viver intensamente o amor. Não aquele doentio. Mas o amor leve. O amor que respeita, que dá espaço, que deixa livre sem deixar longe. O amor que dá gargalhadas e joga água debaixo do chuveiro depois de um banho gostoso. O amor que beija depois de uma briga. O amor que defende quando tudo ta de cabeça pra baixo. Eu quero meu amor e o seu amor. Quero um dia viver com meu amor, trabalhar 6 horas por dia, e as outras seis ficar me cuidando bem linda, pra ficar com meu amor. Quero fazer as unhas na cor que ele gosta e ver que ele percebeu. Quero assistir filme juntinho comendo pipoca. Quero falar e ouvir que é bom estar ali com meu amor. Quero passear descalça na praia e sentir o mar nos pés. Quero chorar no colo dele e dar colo pra ele continuar forte. Quero ficar de mãos dadas, quando a febre estiver alta, e sem camisa e com o cabelo ao vento, tomando cerveja e rindo. Quero cansar e ir dormir sozinha na minha cama. Quero fazer bordado, enquanto ele lê um livro. Quero ficar no ambiente, quando a cabeça estiver ocupada. Quero viver a vida e ficar mais feliz. Quero o amor descomplicado. Apenas, por ser amor e fim. E quem foge disso vive, sem saber que já morreu.

Feliz dia a todos!

Porque eu tô meio cinza hoje.

3 comentários:

Anônimo disse...

EU TBM QUERO!!!!!!SE ACHAR 2 MANDA 1 PRÁ MIM!!!!!BJUS....man.

Anônimo disse...

Sempre aqui viu amadinha?
Para o que der e vier...
Bom "balanço". :)

Beijos cheios de felicidades e saudades

Anônimo disse...

Por acaso passei pelo teu blog.
O teu post está muito bom.
Eu sou portuga.
Fica bem.