14.12.05

Sapo

Eis que a PESSOA aqui precisou ouvir mais uma vez, em tom extremadamente duro, a verdade.
Pois é meu povo. A Loira que vos escreve, com cara de fruta verde que caiu do pé por acaso, precisou levar uma espinafrada pra acordar pra vida. A ficha caiu, mas tô ainda descobrindo as coisas pra saber como proceder dentro aqui, aqui mesmo, lá no fundo.
Na hora a minha vontade foi dizer: Pô, valeu, brigadão, tô aqui de merda até o pescoço, vc vem e ainda põe o pé na minha cabeça pra afundar a cara inteira? Legal você, como você gosta de mim. Mas, com os ensinamentos tântricos de uma certa amiga que toda terça vai pra reza, imediatamente a " Guadalupe", saiu desse corpo, e olhou pro dito cujo e disse: você tem razão. Toda a razão. Não que ter razão seja importante, mas o que eu ouvi, bateu tão fundo lá dentro, que mexeu comigo. Muito.
Abri hoje a janela, daquele quarto interno que temos, tirei os lençóis que cobrem as coisas velhas, peguei a vassoura, o balde, a água, pra começar a faxina nesse quarto, que está arrumado, mas cheio de coisas que não me servem. E que me lembra o que eu um dia tive: a auto-estima no pé. É verdade leitores, eu já tive a minha auto estima no pé. E estava guardada aqui. Dar de cara com essa menina pequenina, mirrada, sem graça, que acha que ela não deve ser feliz porque alguma coisa errada ela sempre fez, sim, aquela mesmo que apanha porque algum motivo tem pra alguém bater. Não tô falando do apanhar gostoso. Mas daquele apanhar que destrói. Aniquila. Mata.
Aquela guriazinha sem graça e cheia de poder destrutivo, que tem síndorme do eu mereço dar tudo errado.
Abri o quarto dela hoje e disse: Olha, não sei como, mas você não vai mais morar aqui neste quarto... Se vira, pega as tuas tralhas, e se manda. Você está me incomodando.
Você me atrapalha, me distrai e não me faz bem. Não te quero mais perto de mim. Se vira, fique perto de seres tiranos como você e cai fora!

Deixei a porta aberta. Fui atender ao telefone. Era ele. Aquele ser do tamanho da minha hóspede infame. Estava no trabalho. Ele já havia ligado 4 vezes desde ontem, ligações que não atendi.

- Alô? Olá, bom dia.
- Não ainda não.
- Não, fulano, não tenho a solução ainda.
- Olha, eu verdadeiramente sinto muito pelo que está acontecendo, e se houvesse tido chance de evitar eu evitaria.
- Ok.. Ok... Só uma coisa. Estou no trabalho e não posso falar sobre este assunto agora. Até porque já esgotamos essas questões. Não faz sentido ficar tão repetitivo. Liga pra ele e fala, se isso fará vc se sentir melhor.( A paz interior foi me invadindo).
- Eu sinto muito, estou fazendo o que posso pra solucionar. Portanto não adianta apertar o parafuso. Chega. O que houve não lhe dá o direito de me achincalhar e humilhar. Muda o disco.
-Estou no trabalho e vou desligar. ( Comecei a ouvir os gritos sem inteligência e os insultos)
Pouso o telefone.

E uma sensação imensa de satisfação me invade. EU FUI CAPAZ, de desligar o telefone, não ouvir, e ser educada.

EU POSSO!!

Peguei a guria e as tralhas dela e coloquei porta da rua afora. Estou ainda olhando aquela parte de mim que está começando a caminhar pra longe e pra fora. Aquela menina sem graça, medrosa, negativa, mas muito poderosa. Chego a dar um aceno com as mãos, desejando boa sorte a ela.
Entro no quarto e começo a colocar mãos a obra. Essa faxina vai demorar, mas um dia acaba. Ah, acaba. Posted by Picasa

4 comentários:

Anônimo disse...

A...RUIVA...AQUI...TE AMA,LOIRA!!!!!!BJUS...man...DONNA.

Justine® disse...

Dinda linda!!! Eu nem sei se vou conseguir sempre, mas HJ eu consegui!!!

Justine® disse...

*procurando grupo de ajuda* - MBDA
Meninas Boazinhas demais anônimas

Anônimo disse...

Parabens!!!Nota cem!!!
Uma sardinha p vc...vc mereceu com certeza...rs
Ju...descartou o ebo mal despachado com a classe que lhe e peculiar.
Beijos loirao.
Amoce.
Te vejo sexta...bjs e fica D'us.