2.1.06

Parte 1 - Sonhos de uma noite de verão


Eu cheguei preparada. Pra ser castigada, pra sofrer as tuas decisões de me infringir o que desejasse.
Abre-se a porta. Sempre fico gélida e trêmula nessas situações.
Não dá pra explicar direito o que sinto nesses momentos. Nunca sei o que vai acontecer, e essa sensação me encanta.
Chego onde combinamos. Lugar novo. Desconhecido.
Tudo escuro. Nenhuma luz...
Ouço a sua voz, ao pé do meu ouvido, dizendo pra que eu não abra os olhos.
Sinto meu vestido escorregar pelo corpo, e sua mão firme a me segurar.
Guia-me até o chão e me mostra o caminho segurando meus cabelos.
Assim me posta na cama, em cima dela.
Deita-me e ata-me a ela absurdamente esticada, de pernas abertas.
Bem pausadamente me explica que sentirei a pior de todas as torturas e que caso ouça um suspiro sequer, sentirei a maior dor de todas que já senti.
E pra que eu saiba o que está dizendo, coloca-me o clamp nos seios e prende-o a uma corda fina pela base do ferro que existe sobre a cama. Calmamente vai demonstrando o que cada suspiro causará. E puxa a cordinha esticando para o alto a correntinha que prende os mamilos.
Cintura presa. Mão presas. Pés presos. A angústia me toma. A sordidez de seus planos me causa volúpia.
Imóvel, espero. Olhos fechados.
Sinto em minha pele, nos pés, um toque suave e leve, causado por uma pena que me faz remexer por inteira, a cada parte do meu corpo que é tocada. Pés, parte interna das pernas, sexo, barriga, lateral do abdômen, seios, axilas, parte interna dos braços. Cada toque um salto do corpo que faz com que estique a corrente. Sem conseguir controlar-me sinto um breve puxão, que me tira pela dor, do transe.
Respiro fundo, após o grito abafado. E ouço o silêncio.
Seguiu-se assim, sem hora, sem tempo, com gelo... com velas. Cada gemido um suspiro, cada suspiro uma esticada. Cada toque um tormento. Seda, plumas, cerdas. Enlouqueci. No exato momento em que você decide a mesma coisa puxando os lábios do meu sexo.
Sorri pra mim e me acarinha, com a primeira lágrima que escorre de meus olhos. Prende tudo na altura que deseja e fica brincando levemente com o chicote de poliuretano. Bate levemente, enfia em mim, gira, roda, e fere com a força, que apenas os grandes homens tem. Gemidos, tremidas, gozo e dor, sem ordem e sem nexo. Não sei quanto tempo durou. Tampouco quantas vezes gozei. Apenas sentia o molhado dos lençóis sob meu corpo.
Esse é o início de um sonho sem fim.

(continua)

3 comentários:

Anônimo disse...

Just,

Que post maravilhoso! Que prazer deste Dono ao ter uma escrava como essa. E que escrava feliz por ter tal Dono!
Consegui visualizar cada momento relatado. Mal posso esperar pela continuação.
Parabéns querida!

Justine® disse...

Sr. Ásgar e Volúpia,

Obrigada pelo carinho e pela audiência...rs..


Ju

Anônimo disse...

clap, clap, clap!!!
Maestro ALex